China in Townestados unidos – China in Town http://chinaintown.blogfolha.uol.com.br A vida do outro lado do mundo Thu, 14 Jan 2016 11:00:04 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Para o brasileiro, a China não vai dominar o mundo http://chinaintown.blogfolha.uol.com.br/2015/06/30/para-o-brasileiro-a-china-nao-vai-dominar-o-mundo/ http://chinaintown.blogfolha.uol.com.br/2015/06/30/para-o-brasileiro-a-china-nao-vai-dominar-o-mundo/#respond Tue, 30 Jun 2015 15:00:40 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14342346.jpeg http://chinaintown.blogfolha.uol.com.br/?p=426 Boa parte do mundo acredita que, no futuro, a China vai ultrapassar os Estados Unidos e se tornar a principal potência do planeta.

Mas os brasileiros –juntos com os filipinos, japoneses e vietnamitas– não têm tanta certeza disso, segundo pesquisa de opinião do Pew Research Center, divulgada na semana passada.

Entre os que mais acreditam nessa troca de poder estão os próprios chineses (67%), seguidos pelos australianos e franceses (ambos 66%) e os espanhóis (60%).

“Todos os países europeus pesquisados acreditam que a China vai se tornar o maior poder mundial, variando de 66% na França a 46% na Polônia. Entre as regiões pesquisadas, os europeus são os mais convencidos de que os dias dos Estados Unidos como principal potência estão contados”, explica o instituto no estudo, em tradução livre.

Nesse tema, os norte-americanos estão bem divididos, com 46% acreditando que a China vai supera-los ou já o fez, e 48% dizendo que isso nunca vai acontecer.

A mediana de todos os países pesquisados foi de 48% que acreditam na mudança e 35% que rejeitam a ideia da troca. No Brasil, 56% não acreditam na alteração de poderes entre os EUA e a China, contra 34% que acreditam.

A pesquisa ouviu mais de 45 mil adultos em 40 países, entre 25 e 27 de maio. A percepção da China como nova potência integra uma pesquisa maior, a respeito da imagem global dos Estados Unidos e seu envolvimento em conflitos internacionais.

De forma geral, a China aparece como um país de que se tem uma visão positiva –uma mediana de 55% de visão favorável e 34% de desfavorável entre os países pesquisados, retirando-se a opinião dos chineses.

Os países com melhor percepção da China são Paquistão (82%), Gana (80%) e Rússia (79%).

“A China tem profundos vínculos econômicos com esses países e se tornou mais entrelaçada com a Rússia no último ano. Isso pode ajudar a explicar o aumento de 15 pontos percentuais de visões positivas da China na Rússia desde 2014”, diz o instituto em seu site.

E as visões mais negativas vêm do Japão (89%) –o que não surpreende–, Vietnã (74%) e Jordânia (64%). Brasil tem 55% de visão favorável, e os Estados Unidos têm 54% de visão desfavorável.

Apesar da percepção mais positiva que negativa da China, o mundo não está satisfeito com o respeito aos direitos individuais no país.

“Nos 39 países [a opinião dos chineses não consta], uma mediana de 45% diz que o governo chinês não respeita as liberdades individuais de seu povo, enquanto apenas 34% diz que respeita.”

Nesse quesito, as maiores rejeições vieram da França e do Japão (93% em ambos os países), e as maiores aprovações foram em Gana (69%) e Líbano (67%). No Brasil e nos Estados Unidos, a opinião geral é que a China não respeita essas liberdades, com percentuais de 62% e 84% respectivamente.

 

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Onda universitária vermelha http://chinaintown.blogfolha.uol.com.br/2015/04/02/onda-universitaria-vermelha/ http://chinaintown.blogfolha.uol.com.br/2015/04/02/onda-universitaria-vermelha/#respond Thu, 02 Apr 2015 14:00:43 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14342346.jpeg http://chinaintown.blogfolha.uol.com.br/?p=304 Para quase tudo na China é possível usar o superlativo, tendo em vista o tamanho de sua população –calculada em pouco mais de 1,3 bilhão de pessoas. Também é assim com o número de estudantes chineses no exterior.

Segundo o relatório americano Open Doors 2014, os chineses eram 31% dos estudantes internacionais registrados no ensino superior dos Estados Unidos no ano acadêmico 2013-2014; ou seja, pouco mais de 274 mil alunos –dos 886 mil estudantes internacionais, que, por sua vez, representam 4% dos matriculados no ensino superior americano.

Em segundo lugar, vinha a Índia (102,6 mil, ou 11,6% dos estudantes estrangeiros). E o Brasil subiu para a posição dez, crescimento alavancado pelo Ciência Sem Fronteiras, e tinha em 2013-2014 pouco mais de 13 mil estudantes em universidades americanas (ou seja, 1,5% do total de estudantes internacionais).

Voltando à China, o relatório diz que o número de alunos chineses nas universidades americanas é hoje cinco vezes o número registrado no relatório Open Doors 2000. Naquele ano, estudantes da China abocanhavam 11% das vagas dos alunos internacionais.

Joguei todos esses números para resumir um assunto muito falado nos jornais chineses: o interesse cada vez maior de mandar jovens chineses, cada vez mais cedo, para estudar no exterior.

Em novembro passado, o jornal “China Daily” publicou dados de um relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Hurun, que apontou que 80% das famílias mais ricas da China têm intenção de mandar os filhos estudar no exterior, em comparação com 1% no Japão e menos de 5% na França e 10% na Alemanha.

E o destino não é apenas a universidade. No final do ano passado, em uma matéria sobre esse assunto, o “New York Times” informou que cerca de 23.500 chineses estudavam no Ensino Médio americano. E o Canadá é um destino tão ou mais popular para esse público mais jovem, por conta das políticas de visto.

Entre os motivos apontados para a decisão de mandar os filhos para o exterior –e cada vez mais cedo, a depender das possibilidades financeiras da família– estão o prestígio das instituições procuradas, a forte poluição das cidades chinesas, a falta de segurança alimentar e o entendimento de que o ensino chinês estimula pouco a criatividades dos jovens.

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