Na semana passada, circularam algumas notícias por aqui sobre um panda que teria sido morto em Yunnan, província do sul da China. A polícia encontrou ossos, carne sendo vendida irregularmente e a pele do que seria, segundo testes de DNA, uma panda fêmea adulta.
Muitos bichos (e partes de bichos) exóticos são comidos na China, todo mundo sabe. Mas comer panda –o animal mais adorado do país e sempre sob risco de desaparecer– é algo que nem os chineses conseguem conceber.
E, no final das contas, a história parece ser um pouco mais longa e com origens nada gastronômicas.
Segundo uma matéria publicada pelo “China Daily”, tudo começou com a morte de uma ovelha em uma fazenda, em dezembro passado, por um animal desconhecido. Dois irmãos, em busca do “criminoso”, encontraram um bicho escondido em uma árvore na floresta. Dispararam um tiro, que derrubou o animal no chão. E, diz o jornal, já cientes de que se tratava de um panda, atiraram de novo para matar.
Ainda de acordo com o jornal, a polícia recebeu a denúncia de venda irregular de carne de urso, achou partes do animal e fez um teste de DNA, que identificou se tratar de um panda.
Além de prender dez pessoas pela venda da carne do querido animal, as autoridades desencadearam uma ampla busca por mais pandas na região, já que o panda assassinado é o primeiro a ser encontrado em Yunnan em tempos modernos, diz a imprensa local.
Lembrando que além de amados por aqui, o panda faz parte do “soft power” chinês, sendo alugado para zoológicos de países com os quais a China mantém boa relação, política ou econômica.