Quem quer conhecer exemplos do patrimônio mundial deve ir para onde? Grécia, Espanha, Itália, França, México, Índia?
Esses países abocanham, respectivamente, 17, 44, 51, 41, 33 e 32 sítios entre os 1.031 registrados pela Unesco (Organização das ações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como patrimônio mundial. O Brasil, como comparação mais próxima, tem 19 sítios.
Pois a China é número dois nessa lista mundial, com 48 sítios listados, atrás apenas da Itália. Até a semana passada, quando a Unesco incluiu as ruínas Tusi (no Sudoeste do país), eram 47.
Entre os locais chineses mais conhecidos estão a Grande Muralha, a cidade antiga de Ping Yao, o Palácio de Verão e o Templo do Céu em Pequim, e o centro histórico de Macau.
A lista completa está no site da Unesco.
Apesar de não haver nenhum sítio chinês inscrito como sob risco na lista da Unesco, há muita preocupação sobre a preservação de determinadas áreas do país, seja porque recebem muitos turistas ou pela pressão do desenvolvimento econômico.
Um exemplo é um patrimônio listado em 1999, o Monte Wuyi, “a mais destacada área para conservação da biodiversidade no Sudoeste da China e um refúgio para um grande número de espécies antigas, muitas delas endêmicas na China”, segundo o site da Unesco.
O Wuyi foi, justamente, o local escolhido pelo Instituto Paulson (que trabalha com desenvolvimento sustentável na China e nos Estados Unidos) como foco de pesquisa para um projeto da entidade com o governo chinês que tem o objetivo de criar um sistema nacional de proteção dos parques.
Segundo o site do instituto, o Monte Wuyi “representa muitos dos principais desafios e oportunidades que as áreas protegidas da China enfrentam hoje”.
A rede de proteção hoje montada na China cobre cerca de 16% do território do país, informa o instituto, mas há áreas importantes ainda não preservadas. Além disso, ainda de acordo com a entidade, há problemas de gerenciamento das regiões sob proteção e falta de financiamento adequado.
Há muitos anos, o país tenta desenvolver um modelo nacional robusto de proteção dos parques, mas sem muito sucesso até aqui. E, de fato, é algo preocupante frente ao desenvolvimento econômico do país e a tantas levas de turistas que invadem todos os espaços visitáveis da China.